Digamos que a seletividade alimentar é um desafio frequente para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Diferente de uma simples recusa alimentar, esse comportamento pode estar relacionado a fatores sensoriais, motores, emocionais e comportamentais. Para muitas famílias, as refeições se tornam momentos de estresse e preocupação, tornando essencial a adoção de estratégias que respeitem as necessidades da criança e incentivem uma alimentação mais variada.
Por que a seletividade alimentar ocorre no TEA?
Estudos indicam que até 70% das crianças com TEA apresentam algum grau de seletividade alimentar, caracterizada pela recusa de determinados alimentos com base em textura, cor ou temperatura (Twachtman-Reilly, Amaral & Zebrowski, 2008).
Além disso, pesquisas sugerem que dificuldades na integração sensorial podem influenciar a alimentação dessas crianças, tornando essencial a aplicação de estratégias individualizadas e multidisciplinares para ampliar a aceitação alimentar (Cermak, Curtin & Bandini, 2010).
Muitos aspectos influenciam a seletividade alimentar em crianças com TEA. Alguns dos principais fatores incluem:
🔹 Hipersensibilidade sensorial: Sabores intensos, texturas específicas, cores e temperaturas podem ser desconfortáveis para a criança.
🔹 Dificuldades motoras: Problemas na mastigação e deglutição dificultam a aceitação de certos alimentos.
🔹 Rigidez comportamental: A necessidade de previsibilidade faz com que algumas crianças aceitem apenas alimentos familiares.
🔹 Questões emocionais: Ansiedade e experiências negativas durante a alimentação podem reforçar a recusa alimentar.
Estratégias para Lidar com a Seletividade Alimentar
Intervenções que envolvem terapia ocupacional, abordagem comportamental e suporte nutricional são recomendadas para minimizar impactos na nutrição e no desenvolvimento infantil (Bandini et al., 2017). Nós, da bloomy, possuímos profissionais que podem te ajudar nestas terapias.
Além disso, a abordagem para ampliar a aceitação alimentar deve ser respeitosa e progressiva. Algumas estratégias eficazes incluem:
✅ Exposição gradual: Permitir que a criança explore o alimento antes de prová-lo, sem pressão.
✅ Ambiente tranquilo: Reduzir estímulos externos, como ruídos e luz intensa, para tornar a refeição mais confortável.
✅ Rotina estruturada: Horários regulares e rituais previsíveis ajudam a criança a se sentir segura.
✅ Associação positiva: Tornar as refeições momentos agradáveis, evitando punições ou imposições.
✅ Intervenção profissional: O acompanhamento de nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos pode ser essencial para um plano alimentar adequado.
Como a bloomy pode ajudar?
Na bloomy, oferecemos suporte para educadores e famílias com conteúdos especializados sobre TEA, incluindo estratégias práticas para lidar com a seletividade alimentar. Nossos recursos ajudam a promover um ambiente mais acolhedor e acessível para o desenvolvimento infantil.
Se você deseja aprender mais sobre inclusão, desenvolvimento infantil e estratégias para apoiar crianças com TEA, acompanhe nossos conteúdos e conte conosco nessa jornada!