Por Dra. Michele Rodrigues
O mês de abril é marcado por uma data muito especial: o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. Instituída pela ONU, essa data é muito mais do que uma campanha com a cor azul — é um chamado à empatia, ao respeito e à compreensão da neurodiversidade.
Para nós, que vivemos a rotina com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), todos os dias são convites ao acolhimento. Mas o Abril Azul nos lembra, como sociedade, que ainda temos muito a aprender, a ouvir e a transformar.
Mais do que uma data, um movimento de transformação
Falar sobre autismo é falar sobre vivências únicas, formas diferentes de perceber o mundo e, principalmente, sobre potenciais que precisam ser reconhecidos e respeitados.
O autismo não é algo a ser “consertado”, mas sim uma condição a ser compreendida. Cada pessoa autista tem seu próprio jeito de sentir, de comunicar, de se relacionar. E quando a gente acolhe essas diferenças com amor e respeito, todo o ambiente — seja a casa, a escola ou a sociedade — se torna mais justo e humano.
Na bloomy, clínica especializada em TEA e referência em abordagem humanizada com base na terapia ABA, nós vemos de perto a beleza da diversidade todos os dias. Cada conquista das nossas crianças é uma celebração. Cada pequeno avanço, um grande marco.
O papel da escola: onde tudo começa a mudar
Se há um lugar com poder real de transformação, esse lugar é a escola.
Como neuropsicopedagoga, vejo o quanto o espaço escolar pode ser um terreno fértil para o desenvolvimento de crianças com TEA — desde que haja preparação, escuta e intencionalidade. Inclusão real não é só permitir que a criança esteja presente na sala. É garantir que ela participe, aprenda e conviva com dignidade.
E isso exige de nós, educadores, flexibilidade, formação e sensibilidade. Cada aluno autista traz consigo uma forma singular de aprender e interagir. E o caminho da inclusão começa quando o professor adapta o olhar antes de adaptar a atividade.
Conscientizar é agir
A reflexão sobre o autismo não pode se restringir ao diagnóstico. É necessário que a diversidade seja compreendida como um valor — não como um obstáculo.
Na prática pedagógica, isso significa:
- Acolher antes de ensinar
- Adaptar com sentido e não por obrigação
- Trabalhar em parceria com famílias e terapeutas
- Oferecer ambientes previsíveis, respeitosos e afetivos
Na bloomy, oferecemos esse suporte às escolas por meio do nosso programa Conexão bloomy, que já apoia centenas de professores com formações, conteúdos e canais diretos com especialistas da nossa equipe.
Abril Azul: o que podemos fazer agora?
Neste Abril Azul, meu convite é direto:
Fale sobre o autismo. Ouça. Aprenda. Pergunte. Observe. Acolha.
Porque quando você valoriza uma criança por quem ela é — e não apenas por suas habilidades ou dificuldades —, você está plantando inclusão na sua forma mais bonita: a genuína.
💙 Vamos juntos construir um mundo onde cada criança possa se desenvolver com apoio, respeito e pertencimento?
A inclusão real começa com conhecimento e empatia. E se depender da bloomy, estaremos sempre caminhando lado a lado com educadores, famílias e instituições comprometidas com esse futuro.